18/02/2009

Fim / 7
























<< Fim


Quando eu morrer batam em latas,
Rompam aos saltos e aos pinotes
Façam estalar no ar chicotes
Chamem palhaços e acrobatas!
Que o meu caixão vá sobre um burro
Ajaezado à andaluza
A um morto nada se recusa
E eu quero por força ir de burro!


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7

Eu não sou eu nem sou o outro,

Sou qualquer coisa de intermédio:

Pilar da ponte de tédio

Que vai de mim para o Outro.

Mario de Sá-Carneiro
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2 comentários:

Arnaldo Macedo disse...

Boa Escolha menina francisca... e imagem bem a preposito...
Madeixa que se desata
Denominam-no também.
O amor não é um bem:
Quem ama sempre padece.
O amor é um perfume
Perfume que se esvaece.

Mário de Sá-Carneiro

Isabel José António disse...

Cara Beatriz Francisca,


Vim aqui aportar por andar a navegar entre vários blogues.

E queria deixar-lhe os parabéns pelo bom gosto em ter seleccionado este poemas.

Já não sei o que pretendo
Ou sequer por onde vou
Porque será que não entendo
O ser que fui e hoje sou

Busco para tentar perceber
O SER maior que tudo precede
Não quero apenas ver mas saber
Que a vida é inteira, não se mede


Um abraço

José António

PS.:

Se nos quiser visitar não deixe de ver os blogues: Poesia Viva, O Caminho do Coração e o Observatório

Eu!!

Eu!!