19/02/2009

Flor aberta do Jardim proibido.























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Flor aberta do jardim proibido.

Te ver, quando os céus permitem,
Na inconseqüência das horas perdidas,
É uma graça imerecida, maldita,
E os piores sonhos minhas noites encontram
Teu sorriso me atrai, teu corpo me distrai,
E nos teus olhos me encontro, apaixonado.
Passeio em voce, meus pensamentos desvairados,
E me perco nos teus detalhes, alucinado.
Queria ser, de tua flor o pólen que fertiliza,
nas curvas de teu ventre, o artista,
que com o pincel imortaliza,
a beleza mais pura, o sentimento mais intenso.
A vida nos colocou lado a lado, de repente,
quando eu mais queria estar à tua frente.
Você surgiu, anjo e demônio, mulher esculpida,
e me deixou caído, inerte, mil vezes seja maldita.
E hoje eu me escondo, marginal, atrás de um sorriso,
o coração a latejar enquanto você me seduz,
de forma animal, sem a menor chance de te alcançar.
Mas um dia, ah!, esse dia ...
te encontrarei, sozinha e indefesa,
minha cigana, e te juro, sem que possa um gesto esboçar,
te arrasto, te sequestro,
te entronizo em minha cama.
E vou te conhecer, corpo e alma, e me apresentar,
e vou me incendiar nos teus cabelos, na tua pele,
e vou te mostrar, com todas as letras que conheço,
como é forte, intenso, maldito, esse meu amar...

Martini


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2 comentários:

O Profeta disse...

Escreves com a maestria dos virtuosos...


Doce beijo

Cotovia disse...

Entre o luar e o crepúsculo, o sono e a lucidez, o silêncio do mundo e o barulho de ti, há uma voz muda que percorre a aridez do teu pensamento... Sentes?... É o Pio da Cotovia!

...os teus poemas são feitos de palavras magestosas

Eu!!

Eu!!